sábado, 22 de setembro de 2012

Pai Nosso...




Pai nosso – Jesus nos apresenta Deus como Pai. É o reconhecimento de que ele é a nossa origem e nosso destino. Dele viemos, com Ele vivemos e para Ele retornaremos. Estas verdades são de grande apoio e conforto espiritual e emocional para todos nós, apesar de tudo o que eventualmente possamos ter sofrido ou ainda vir a sofrer. Deus não pode ser comparado a um pai ou mãe terreno, pois Ele não depende de nenhuma circunstância terrena ou humana. Este Pai é o eterno, diferenciado, o sagrado, o sublime, invisível, absolutamente especial. Não é o pai/mãe que conhecemos (ou que não conhecemos), e sim, aquele que precisamos conhecer, diferente e superior a tudo o que já vimos ou imaginamos. Nosso quer dizer que Ele é o pai de todos os filhos de seu reino, um reino onde ninguém é órfão, onde para entrar basta pedir.
Que estás no céu – Não o vemos com os olhos da face, mas a alma o conhece, sabe que ele está aí e nele confia. Mesmo não estando ao alcance da mão, a alma o abraça e é abraçada por ele. Também os ouvidos não o ouvem, mas o coração ouve.

Que todos reconheçam que o teu nome é santo – Todos, sem exceção, vão reconhecer que Deus é especial: precioso, incomparável, imbatível, não contaminado pelo pecado como nós.

Venha o Teu reino – O Senhorio divino cria como que um reino, um ambiente destinado a todos os que chamam pelo nome de Deus. O Reino não é um sonho humano; é a promessa de Deus. Então a frase “Venha o teu Reino” significa: “queremos participar do teu reino agora”, e também que desejamos que ele já submeta o universo inteiro.
Que a tua vontade seja feita aqui na terra como é feita no céu – Que nosso coração reconheça a Santidade do Pai, e acima de tudo que sua vontade seja o que buscamos todos os dias. O submeter-se à vontade sábia, bondosa e eterna de Deus abrange a terra e o céu, sem deixar de lado a vida interior, ou seja, o coração e a mente das pessoas, suas emoções, fantasias, sentimentos, pensamentos e ações.

Dá-nos hoje o alimento de que precisamos – Deus nos criou de modo tal que precisamos de alimento todos os dias e até mesmo várias vezes no dia. O ensino de Jesus sobre a oração enfoca este assunto numa súplica. Ele até acrescenta que Deus é a fonte última de nosso alimento. Jesus sempre agradecia a Deus pelo alimento, não como hábito ou por dever, mas realmente reconhecendo que tudo o que temos nos é dado, a começar pela própria vida. O alimento físico ganha toda a sua importância pelo fato de ser dado por Deus. Isto quer dizer que até o alimento material é espiritual, porque vem do Pai.
Perdoa as nossas ofensas – Pedimos perdão porque “não temos desculpa” pelo que fizemos e fazemos. O pecado humano não foi mera distração, não foi um “acidente”. Foi uma tragédia: de algum modo, viramos as costas para Deus. Pusemos a perder a harmonia que tínhamos antes com Deus, e agora somos sim, pecadores. Tal como precisamos de nosso pão a cada dia, também precisamos – e recebemos! – perdão a cada dia. Deus diariamente renova suas misericórdias e nos concede sempre pão e perdão. O perdão de Deus estabelece o padrão para a nossa vida e inclui os outros, de quem Deus também é Pai. Assim, perdoar os outros e receber o perdão de Deus podem estar no mesmo plano e compor uma só realidade. Afinal, perdão não tira a verdade da culpa, da nossa condição errante, mas desvia a punição (para o Messias)! Deus, então, nos trata como se não fôssemos culpados. A isto a Bíblia chama perdão, graça, misericórdia, amor.

Como também nós perdoamos as pessoas que nos ofenderam – Jesus tocou aqui em um ponto delicado e difícil, tanto de entender como de praticar, que é a ligação entre dar e receber perdão. Não damos lição a Deus obrigando-o a perdoar-nos porque perdoamos antes os nossos ofensores! Mas os que perdoam sabem o sacrifício enorme que isto representa – algo que lembra o que o nosso Pai fez.  Para perdoar temos de superar nossas raivas, iras e rancores. Só aí podemos abrir a porta do coração para quem nos ofendeu. Assim saberemos ser reconhecidos e gratos a quem nos perdoa. Isto nos dá saúde psicológica e emocional, ou seja, a paz de espírito que nos liberta do jugo do ódio.
Nosso pedido de perdão a Deus é ainda mais importante considerando que não temos o menor direito de recebê-lo. No entanto, Jesus retrata a bondade divina ao nos autorizar a pedir isto ao Pai, mesmo sem termos direito algum! Perdoar prepara-nos para receber perdão. Aí saberemos do que estamos falando ao orar como Jesus ensinou. Igualmente, recebendo perdão, através de nosso reconhecimento de culpa, também nos preparamos para perdoar, como fomos perdoados. Foi isto que Jesus mostrou ao fariseu que o hospedava, quando a mulher pecadora lhe ungiu os pés.

E não deixeis que sejamos tentados, mas livra-nos do mal – Peçamos a Deus que nos ajude a nem sequer desejar fazer o mal. E no caso de a tentação vir, que nosso Pai não nos deixe cair, pois será sempre o maligno que estará por trás de toda tentação.

 

Bíblia de Estudo - Conselheira

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