sexta-feira, 22 de julho de 2011


A maior batalha de um atleta olímpico não é contra seus adversários. Vencedor não é quem supera o outro, é quem supera a si mesmo. A superação é a linha tênue entre o medo e a força de vontade. Geralmente focamos em nosso medo, e tomamos decisões baseados nele. Quando na verdade o medo não é o fator decisivo, mas o fator propulsor de nossas conquistas.


O MEDO EXISTE PARA SER SUPERADO.

A vitória nas nossas vidas não acontecem quando ganhamos uma prova ou desafio. A vitória começa no nosso coração. Tem gente que já entra derrotado em determinadas situações. A vitória sobre o “Eu” é a maior das vitórias. O meu maior inimigo não é o Diabo, mas a minha falta de determinação, a minha falta de superação.

Pessoas que perdem o controle diante de determinadas situações mostram que são fracas em relação a opinião que nutrem de si mesmas. Pois perder o controle, não significa apenas “fazer escândalo”, mas acima de tudo é não possuir domínio sobre uma certa área da vida. Precisamos controlar o nosso espírito. Veja o que Paulo diz:

Vocês não sabem que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar. Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado. 1Co 9:24-27

Paulo afirma que o vencedor é recompensado por Deus. A busca por uma espiritualidade verdadeira gera recompensas. Gera transformação. Gera um prêmio. Mas no pódium olímpico apenas um(1) leva o prêmio. Mas no pódium da vida todos podem ser coroados vencedores, mesmo aqueles que chegam por último, pois na vida não competimos uns contra os outros para chegar na frente, mas contra nossos próprios limites, contra nossos próprios obstáculos, simplesmente para chegar.

“Corram de tal modo que alcancem o prêmio” – Esta afirmação implica em um esforço por parte daquele que está correndo. Paulo não está evidenciando a vitória como o fim. Mas o término da jornada. (1Tm 6:12).

NÃO HÁ VITÓRIA SEM ESFORÇO

O atleta se sujeita a uma disciplina de vida rigorosa para ser o melhor de uma competição. Evita certos alimentos, certos passeios, certas vontades. Para ser o melhor ele precisa superar-se, e para isso ele precisa exercer AUTO-CONTROLE. O alvo de um atleta é a glória que reside no podium. O cristão leva uma vida esforçada pois pleiteia alcançar a Glória celestial.

Isso significa que a vida cristã não é uma vida de facilidade, de facilitadores, pelo contrário, é uma vida difícil, uma vida que requer esforço. Paulo afirma ser o maior adversário de si mesmo. Ele diz: Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado.

Portanto esforce-se e não tenha medo da vida. Encare ela como o podium a ser conquistado pela capacidade que Deus lhe conferiu.

Pr Bruno dos Santos

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pavio Curto ou Temperamento Transformado?

Todos nós conhecemos pessoas que são bondosas, corretas e calmas, mas que, quando menos se espera, apresentam comportamento explosivo e violento. Normalmente, nessas situações, quem está por perto é pego de surpresa – até porque, em geral, o fato motivador nem justifica a atitude. Em muitos casos, o indivíduo até se assusta com o próprio descontrole, não sabe explicar o motivo de ter agido assim e sente-se até culpada. Há diferenças de personalidade entre uma pessoa e outra, claro. Algumas são mais pacatas; outras, mais esquentadas, como se diz popularmente. Mas, mesmo para quem tem um temperamento mais dinâmico e ativo – e, portanto, mais suscetível a rompantes do gênero – existe a possibilidade de se desenvolver o equilíbrio, a fim de não ferir aos outros e nem a si mesmo desnecessariamente.



A psicologia pode nos ajudar muito quando o assunto é comportamento. Ninguém explode sem causa. A explosão é o resultado do excesso de pressão num tanque que já está cheio. O ditado popular “gota d’água que entorna o pote” faz todo sentido nessas ocasiões. Algumas pessoas podem anular suas iniciativas e viver apaticamente quando não encontram espaço para expressar seus sentimentos diante de situações de sofrimento. Mas, em outras pessoas, as sensações doloridas vão se acumulando, enchendo o tanque emocional. Uma vez ultrapassados os limites, qualquer fato ou comportamento que, de alguma forma, se assemelhe com vivências passadas, pode detonar o rompimento desse depósito, como se fosse rachadura na parede de uma represa. E, quando isso acontece, o prejuízo e a destruição podem ser assustadores.


Uma criança que sempre foi criticada e cresce humilhada, sem oportunidades de expressar sua vergonha ou raiva, pode, com o passar do tempo, apresentar um comportamento violento e explosivo – sobretudo, diante de situações que fazem aflorar suas lembranças de desconforto como se fatos passados tivessem ocorrido ontem.


Um bom exemplo bíblico de pavio curto é o de Moisés. Ele nasceu num contexto de muita injustiça social, política e racial. Foi vítima dessas injustiças, e só não acabou assassinado na infância, tendo o mesmo fim de muitos meninos hebreus, por providência divina. Desmamado, foi adotado pela filha do rei do Egito. Provavelmente por volta dos seis anos, o menino Moisés deixou sua casa de origem e foi morar no palácio de faraó. A partir dali, sua vida ganhou rumo totalmente diverso do se seu povo, então escravizado pelos egípcios.


Quando tinha 40 anos, Moisés resolveu ir ver como viviam os hebreus, seu povo. Assim que viu um feitor espancando um escravo judeu, o príncipe descontrolou-se e matou o egípcio. Foi uma reação incontrolável; a injustiça cometida deixou-o indignado. Vendo que o homicídio logo seria descoberto por todos, Moisés resolveu fugir da corte egípcia. Dali, seguiu para o deserto, onde seu caráter foi forjado na solidão, em companhia apenas dos animais que pastoreava. Tornou-se um novo homem, manso e paciente.


O apóstolo Paulo, em sua carta aos crentes de Éfeso, alerta que não devemos deixar que a raiva seja acumulada dentro de nós. Ele nos convida a lidar com iras e ressentimentos antes do por do sol. Porém, o que acontece é que muitos deixam não apenas o sol se por sobre nossos agravos, mas muitos dias, semanas e até anos. Para estes, o caminho pode ser o mesmo de Moisés: voltar na história de vida para identificar possíveis danos sofridos no passado, mas que permanecem vivos lá no fundo, prontos para aflorar e incitar violência e destruição. Dores a mágoas disfarçadas numa história de vida não desaparecem e podem explodir quando menos se espera no momento errado, do jeito inadequado e, muitas vezes, prejudicando inocentes.


Se realmente fomos magoados ou feridos, não adianta negar o sentimento; é preciso identificar e sofrer o dano da ofensa para reconhecer que alguém falhou conosco e há uma divida. Contudo, se o perdão foi concedido, não há mais saldo devedor para o ofensor. Uma criança não dispõe de recursos emocionais e muito menos intelectuais para reagir e lidar de forma adequada diante das ofensas e injustiças cometidas pelos mais fortes. Mas, quando alcançamos a maioridade, podemos rever nossas origens, a fim de trazer à memória os sentimentos da criança ferida que porventura há em nós. Através desse acolhimento, por vezes doloroso, integraremos o que se passou ao presente, proporcionando cura. É um caminho para lidarmos com os fatos do nosso cotidiano, com coragem e mansidão.

(Cristianismo Hoje)

sábado, 9 de julho de 2011

Se você fosse como eu!

Se você fosse como eu, olharia para trás e veria todas as pessoas que magoou.
Então olharia para o futuro e se daria conta de que, se não passasse a pedir perdão, continuaria a não ter laços de amizade, apenas nós cegos de orgulho. Também se daria conta de que, se não perdoasse, continuaria a não ter a vida em suas mãos.

Se você fosse como eu e visse que mais recebeu do que doou, olharia para o futuro e se daria conta de que a vida é um cobrador severo. Se não começasse a dar mais de si mesmo, continuaria com duplicatas emocionais vencidas, com juros compostos de gratidão recolhida.

Se você fosse como eu e passasse a escutar a si próprio com mais atenção, ouviria muitos lamentos e exigências. Olharia para o futuro e se daria conta de que, se não passasse a falar mais de alegria e de realizações, continuaria sem ser ouvido e sem fazer nada.

Se você fosse como eu e passasse a escutar os outros com mais atenção, também ouviria lamentos e exigências. Olharia para o futuro e se daria conta do quanto é rico em conhecimento, emoções e decisões. Lembraria que o melhor alpinista é o que vai primeiro, sem proteção nem rumo certo, que fixa os pontos seguros, por onde passará a corda que deixará a sua descendência mais segura.

Se você fosse como eu e se desse conta das chances que perdeu, olharia para o futuro e se daria conta de que, se as vezes não se lançasse no vazio, jamais mergulharia no mar das grandes realizações.

Se você fosse como eu e sentisse o quão pouco amou, olharia para o futuro e se daria conta de que riqueza sem amor é cobiça, cultura sem amor é arrogância, inteligência sem amor leva a solidão, sentiria que só o amor te dá a única proteção contra todos os males deste mundo: Esperança.

Se você fosse como eu, estaria perdendo aquilo que você tem de mais valioso, que é a sua vida. Esta vida foi construída com todas as decisões que você tomou, todos os erros que você cometeu, todos os dias em que se sentiu nas nuvens e todas as noites em que ficou só, num canto escuro chorando de dor e solidão, todas as luzes que aqueceram seu rosto num dia calmo de primavera.

Viva a sua vida da melhor forma que puder, porque você não é como eu.

Breno Isernhagen

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Depressão, Decepção ou Descanso???



É interessante como estes três substantivos nos acompanham! Gostaria de, inicialmente, lhe fazer algumas perguntas: Você já teve depressão? Já experimentou decepção? Já aprendeu a descansar nAquele que pode todas as coisas? São indagações pertinentes. Creio que o mais difícil é aprendermos a descansar, ou seja, colocar a nossa confiança no Senhor. Aprendi que um desses substantivos pode ser preponderante à luz da nossa relação com o Senhor. Depressão e decepção são experiências muito duras. Eu as tive e sofri muito. Mas elas nos ensinam lições muito preciosas. Aprendamos com Jesus a descansar. Consideremos estes três substantivos à luz da Pessoa e da Obra de Cristo, o Senhor.



Experimentarmos depressão quando o nosso foco é o interior muitas vezes desajustado e em descompasso com a vontade soberana do Pai. Quando olhamos para nós mesmos percebemos o quanto estamos longe do propósito de Deus e o quanto somos miseráveis. Paulo, em Romanos 7, tem uma apurada percepção de si mesmo, de quanto estava aquém do plano de Deus. Sabemos que em nós mesmos não há bem algum a não ser a marca da regeneração operada em nós pelo Espírito Santo. Ficamos deprimidos quando descobrimos as nossas incoerências, mazelas e sentimentos ruins. Dizemos uma coisa, fazemos outra. O mal que não queremos, esse fazemos. Davi, homem segundo o coração de Deus, na sua confissão, disse: “Em pecado fui formado e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Esta é a nossa origem. Mas, em Cristo Jesus, somos mais que vencedores (Rm 8,37).


Sentimos decepção quando fazemos uma expectativa alta de uma pessoa e ela falha. Temos a tendência de nos decepcionarmos com muita facilidade. A decepção é fruto da nossa natureza terrena que ainda está em nós bem latente. Imagino quantas decepções você e eu tivemos com “amizades”. Pessoas nas quais depositamos as nossas expectativas muito boas e elas entristeceram o nosso coração. Sabemos que a decepção produz amargura e ressentimento; tristeza e angústia. A decepção transmite enfermidades físicas e emocionais. Nossas igrejas estão cheias de pessoas que assimilaram decepções e elas foram transformadas em verdadeiros obstáculos para o crescimento espiritual. Não devemos ter expectativas além e nem aquém, mas moderada. A nossa auto-percepção deve ser equilibrada (Rm 12.3).


O propósito de Deus não é que nós sintamos depressão e nem decepção, mas um verdadeiro descanso em Cristo Jesus, Seu Filho. Entrar no Seu descanso é experimentar a paz de Deus que excede todo o entendimento. Ao olharmos para nós mesmos sentimos depressão; ao olharmos para o outro nos decepcionamos (quando criamos expectativa além) porque ele é tão falho quanto nós, mas quando olhamos para Cristo, Autor e Consumador da nossa fé, descansamos e o fazemos na Sua maravilhosa graça. Ele faz um convite incomparável: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Descansar em Cristo é depositar a nossa fé, a nossa confiança na Sua obra suficiente. Ele é a nossa alegria todas as manhãs, a renovação das nossas forças todas as tardes e o nosso descanso todas as noites. Descansar em Cristo é depositar nEle todo o nosso prazer. Estamos tranqüilos e seguros no Seu amor. Descansamos nas Suas promessas e na Sua graça. Paulo aprendeu a lição de que a graça de Cristo basta, é suficiente para todas as nossas necessidades, nossas lutas intensas (2 Co 12.9,10). No sofrimento aprendemos com Jesus a descansar e não ficarmos deprimidos e decepcionados. Descansamos quando o Espírito Santo “é a nossa nuvem durante o dia e o fogo durante as noites” (A.W. Tozer). Para descansarmos, precisamos olhar para o alto, onde Cristo está assentado à destra de Deus, o Pai (Cl 3.1-4). Descansamos quando, pela fé, cremos que estamos assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus (Ef 2.6). Se a depressão e a decepção trazem insegurança para o nosso coração, o descanso traz contentamento, segurança e paz. A nossa caminhada com Cristo é uma caminhada de esperança concretizada na Sua morte e na Sua ressurreição para a Glória do Pai.


Oswaldo Luiz Gomes Jacob, pastor.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

EU TAMBÉM NÃO TE CONDENO



Pode procurar que você não vai achar. Não importa aonde vá, estou absolutamente convencido de que há duas coisas que você nunca vai achar. Você pode correr o mundo e o tempo, e tenho certeza que jamais conseguirá achar alguém que não se envergonhe de algo em seu passado. Para qualquer lugar que você vá, lá estarão elas, as pessoas que gostariam de apagar um momento, uma fase, um ato, uma palavra, um mínimo pensamento. Todo mundo tenta disfarçar, e certamente há aqueles que conseguem viver longos períodos sem o tormento da lembrança. Mas mesmo estes, quando menos esperam são assombrados pela memória de um ato de covardia, um gesto de pura maldade, um desejo mórbido, um abuso calculado, enfim, algo que jamais deveriam ter feito, e que na verdade, gostariam de banir de suas histórias ou, pelo menos, de suas recordações.



Isso é uma péssima notícia para a humanidade, mas uma ótima notícia para você: você não está sozinho, você não está sozinha. Inclusive as pessoas que olham em sua direção com aquela empáfia moral e sugerem cinicamente que você é um ser humano de segunda ou terceira categoria, carregam uma página borrada em sua biografia, grampeada pela sua arrogância e selada pelo medo do escândalo, da rejeição e da condenação no tribunal onde a justiça jamais é vencida. Você não está sozinho. Você não está sozinha. Não importa o que tenha feito ou deixado de fazer, e do que se arrependa no seu passado, saiba que isso faz de você uma pessoa igual a todas as outras: a condição humana implica a necessidade da vergonha.



A segunda coisa que você nunca vai encontrar é um pecado original. Não tenha dúvidas, o mal que você fez ou deixou de fazer está presente em milhares e milhares de sagas pessoais. Não existe algo que você tenha feito ou deixado de fazer que faça de você uma pessoa singular no banco dos réus – ao seu lado estão incontáveis réus respondendo pelo mesmíssimo crime. Talvez você diga, “é verdade, todos têm do que se envergonhar, mas o que eu fiz não se compara ao que qualquer outra pessoa possa ter feito”. Engano seu. O que você fez ou deixou de fazer não apenas se compara, como também é replicado com absoluta exatidão na experiência de milhares e milhares de outras pessoas. Isso significa que você jamais está sozinho, jamais está sozinha, na fila da confissão.




Talvez por estas razões, a Bíblia Sagrada diz que devemos confessar nossas culpas uns aos outros: os humanos não nos irmanamos nas virtudes, mas na vergonha. Este é o caminho de saída do labirinto da culpa e da condenação: quando todos sussurrarmos uns aos outros “eu não te condeno”, ouviremos a sentença do Justo Juiz: “ninguém te condenou? Eu também não te condeno”.



É isso, ou o jogo bruto de sermos julgados com a medida com que julgamos. A justiça do único justo reveste os que têm do que se envergonhar quando os que têm do que se envergonhar desistem de ser justos.

Ed. Rene

Portanto, Nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

CORTESIA EM LUGAR DA COMPETIÇÃO



Se a natureza fixa da matéria a impede de ser sempre e em todas as suas disposições igualmente agradável até mesmo para uma alma singela, é bem menos possível para a matéria do universo ser distribuída, em qualquer momento, de modo igualmente conveniente e prazerosa para cada membro de uma sociedade. Se um homem que esteja viajando em uma determinada direção tiver de descer um morro, uma pessoa que vier na direção oposta terá de subi-lo. Se até mesmo uma pedra fica onde quero que ela fique, ela não ficará, exceto por coincidência, onde você quer que ela fique. E isso está muito longe de ser um mal; pelo contrário, gera oportunidade para todos aqueles atos de cortesia, respeito e esvaziamento de si, pelos quais se expressam o amor, o bom humor e a modéstia. Porém, isso certamente deixa o caminho aberto para o grande mal da competição e da hostilidade. E, se as almas são livres, elas não podem deixar de lidar com o problema por meio da competição em lugar da cortesia. Uma vez que elas tenham avançado para a verdadeira hostilidade, poderão então explorar a natureza fixa da matéria para se machucarem mutuamente. A natureza permanente da madeira, que nos permite usá-la como um anteparo, também nos permite usá-la para bater na cabeça do nosso vizinho. A natureza permanente da matéria significa, de uma maneira geral, que, quando os seres humanos lutam entre si, a vitória costuma ser daqueles que possuem armas, habilidades e que estão em número superior, mesmo se a causa deles for injusta.



– de The Problem of Pain [O Problema do Sofrimento]

Retirada de Um Ano com C. S. Lewis (Editora Ultimato, 2009)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Aprenda a escolher seus presentes


O post de hoje veio de inspiração ao ler a história do Rei Salomão. Ele podia escolher o que quisesse e não era o gênio da lampada que iria realizar seu desejo e sim o Deus do impossível, que tudo pode. Ele podia pedir palácios, jóias, dinheiro, mas a sua escolha foi a melhor e mais sábia perante os olhos de Deus, Salomão pediu ao Senhor SABEDORIA, pois com ela poderia comandar qualquer povo e fazer justiça, pensou não só em si mesmo, mas principalmente no próximo.



Agora, coloque-se no lugar de Salomão, o que você teria pedido ? Em primeiro lugar, para fazer a escolha certa é preciso estar em comunhão com Deus, pois se não estivesse com certeza Salomão teria pedido riquezas ao invés de sabedoria. Além disso, não é a qualquer um que Deus faz essa pergunta, é necessário estar intimo Dele.


E em Gibeom apareceu o SENHOR a Salomão de noite em sonhos; e disse-lhe Deus: Pede o que queres que eu te dê. (I Reis 3: 5)


A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?
(I Reis 3:9)


Imagine a pergunta de Deus feita a Salomão como se fosse a benção que Ele tem para a sua vida. Com sua escolha, Salomão agradou a Deus e ganhou muito mais do que havia escolhido. Isso significa, que suas escolhas irão interferir no tamanho da sua vitória. E agradar a Deus com ela, é agir com amor, não só em beneficio próprio, mas também amando ao próximo.


Com a SABEDORIA Salomão poderia comandar todo o seu reino, tomando as decisões certas e deixando o povo satisfeito com elas. A sabedoria seria a porta para todas as suas vitórias. Peça ao Senhor sabedoria para agir em tudo na sua vida espiritual, emocional, profissional.


Presentes, são as bençãos que Deus tem para a vida de cada um. Saber escolhê-los é também ter sabedoria na hora de orar pedindo ao Senhor. Mostra a Ele todas as suas necessidades, exponha seus sonhos, desejos e vontades.


Acredite pois Deus tem o melhor e mais bonito presente para você !




(Revista Geração JC)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Onde firmarei os meus pés?


Firmaste os meus pés em lugar espaçoso. (Salmo 31.8b)


O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor. (Romanos 6.2 3)

Onde firmarei os meus pés?

O jovem atleta corre velozmente. Seus pés tocam o chão com firmeza, com convicção. Cruza a linha de chegada e seu coração se enche com o gosto maravilhoso da vitória.

O cristão também tem dentro de si o gosto da vitória. Ele ainda não cruzou a linha de chegada, mas a vitória está garantida. Ele ainda não cruzou a linha de chegada, mas a vitória é certa. Esta vitória foi conquistada por Cristo.

Agora, por causa da obra redentora de Cristo, já não somos inimigos de Deus. Fomos transformados com a morte de Cristo na cruz e sua vitoriosa ressurreição. Ele nos deu vida e agora nos chama para a grande festa no eterno lar.

Nós, que corríamos para o lamaçal, nós, que corríamos para o eterno abismo, fomos interrompidos. Na corrida do pecado, o prêmio é a morte. Sim, “porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). Nossos pés trilhavam este caminho de morte. Mas nos foi dado o Salvador Jesus Cristo para nos guiar por um caminho seguro, um caminho de vida. Em Cristo firmamos os nossos pés e caminhamos seguros. E o Salvador Jesus que guarda os nossos pés para que não mais vacilem. Somos chamados a correr em direção ao verdadeiro tesouro, Cristo. Cristo venceu todo o pecado dando-nos a vida, e junto com o salmista podemos dizer: O Senhor, “firmaste os meus pés em lugar espaçoso”. Guia os nossos passos e conduze-nos pelos eternos caminhos da paz.

Senhor Deus! Neste mundo da maldade caminhamos para lugares estranhos. Lugares que nos seduzem e nos desviam de ti. Mas tu, Senhor, nos deste Jesus Cristo, o Salvador, que nos guia para um lugar seguro, junto a ti, na eternidade. Amém.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Castelos de Areia



Castelo forte é o nosso Deus!!!

Imaginem a casa mais linda que puderem. A moradia ideal. Com o tamanho que vocês quiserem, da cor preferida, de acordo com as linhas arquitetônicas que mais lhe agradarem. Não pensem no que teriam que gastar com as despesas que ela traria, ou quanto viria custar, apenas pensem numa casa maravilhosa, útil e prática. A casa perfeita.



Agora, imaginem a cidade mais segura que puderem. As leis são obedecidas em 100%. Não há perigo nas ruas. O policiamento é eficaz, respeitado e bem remunerado. Não há grades nas janelas, e todos ficam batendo papo até tarde da noite nas ruas.


Pensaram em tudo isso ?


Agora, naquela casa perfeita, imaginem uma pessoa seqüestrada. Ela está escondida no porão, amarrada, no escuro, com fome e com medo de ser morta a qualquer instante. É uma bela casa, mas não um lar.


Naquela cidade perfeita, imaginem a queda de uma bomba atômica. Que policial pode evitar o desastre ?


Quando o salmista escreve este texto, não está apenas fazendo referência a casas e cidades. Na verdade, quem escreveu este salmo foi Salomão, rei de Israel. Aí está alguém que tinha uma bela casa, segurança e a consciência de escrever: “Se não fosse Deus, este castelo e minha vida estariam em ruínas.” E mais: nos faz pensar em nossas próprias vidas.


É comum fazermos projetos, trabalharmos, estudarmos, comermos, conversarmos... até respirarmos. E de onde vem os méritos ? Se não fosse a misericórdia do Senhor, tudo isso seria nada. Nunca sairíamos do lugar. Certamente, estaríamos mortos.


O fato é que nós, como seres humanos, sofremos de um terrível mal: somos sujeitos a cair em nossa própria vanglória. Com nossas realizações, nos sentimos os próprios super-seres do Universo. Por mais duro que possa parecer, é nessas horas que devemos dar uma passadinha numa UTI de hospital e percebermos que aquela pessoa que respira com ajuda de aparelhos em nada difere de nós, e que aquele que sofre com dores intermináveis por causa do tratamento de quimioterapia tem um corpo exatamente igual o nosso. É essa a hora de irmos até mesmo a um cemitério e lembrarmos que a única diferença que existe entre nós e eles é que eles, na maioria, viveram mais tempo do que nós.


Apelação ? Pessimismo ? De forma alguma. Mas é hora de pararmos de nos encher de ouro, tocarmos trombetas à nossa volta quando conseguimos algo e, humildemente, dizermos em oração: “Senhor, obrigado por ter me abençoado.”

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A graça de repartir


Em 1908 o explorador irlandês Ernest Shackleton estava liderando uma expedição para o Pólo Sul. Em seu diário, ele fala de um dia quando o suprimento alimentar do grupo estava no fim. Uma última distribuição de biscoitos foi feita. Os homens, preocupados, entraram em seus sacos de dormir para uma noite de sono agitado. Shackleton estava quase dormindo, quando viu um de seus homens de confiança olhar ao seu redor para ver se alguém o observava. Seu coração se encheu de tristeza ao ver o sujeito mexendo no saco de comida do outro. Mas, depois, Shackleton ficou admirado ao ver que, na verdade, ele colocara seu biscoito no saco do outro. 

Um estudo sobre as doações feitas por americanos mostra que pessoas que ganham menos doam mais. A graça, e não a abundância, é o que leva alguém a doar. Um dos pais da igreja, João Crisóstomo, disse que dar, "quando é feito com vontade e generosidade, quando você se considera recebendo e não dando, quando é feito como se o benefício fosse de quem dá, como se estivesse ganhando e não perdendo, é mesmo graça". E se tivermos medo de que nossos bens vão diminuir, porque estamos dando, ele diz: "Não dê. Se você não está certo de que isso é multiplicado para você no céu, não dê". 
Pense:
A generosidade é um ato de Graça. A graça e não a abundância é o que leva alguém a doar. 

Ore:
Pai, faze-nos tão generosos quanto tu és. Graças te damos, porque nos dás mais do que precisamos. Ajuda-nos a sermos doadores de nosso amor e de nossos bens. Em nome de Jesus. Amém. 

Cada Dia
www.cadadia.com.br

terça-feira, 14 de junho de 2011

Igreja Madura



Uma igreja madura deve ser aquela que se fundamenta em conhecimento da exposição bíblica, teologia reformada, escola dominical estruturada, fundamentos básicos de fé cristã, hermenêutica saudável e exegese escrupulosa e outros adjetivos que fortalecem a fé e nutrem o corpo.
Mas uma igreja madura também é aquela que se fundamenta nos relacionamentos: intenso compromisso com o irmão, vivência comunitária estreita, demonstração comunitária de afeto, expressões públicas de afeição, etc.
Neste binômio – conhecimento e relacionamento – toda a vida de Cristo pode fluir sem obstáculos. O testemunho será cativante, a Palavra será poderosa, uma profunda expressão de graça marcará aqueles que de forma direta ou indireta se contatará conosco.
Infelizmente as igrejas de hoje gangorram por entre esses dois pólos (conhecimento e relacionamento), sem, contudo, lutarem por uma igreja integral, holística e fundamentalmente bíblica. Aquela em que conhecimento e relacionamento sejam exibidos como gêmeos siameses, inseparáveis. Como igreja transbordamos o nosso conhecimento, quando expressamos a nossa fé em uma esfera de amor, mutualidade, Interação e serviço aos santos.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O valor de uma alma...


 O preço pela nossa alma não pode ser comprado nem com ouro, prata ou coisa parecida. Não pode ser avaliada pelos padrões humanos, não sofre com os sobe e desce da bolsa de valores. A alma humana não tem índices inflacionários e não está a venda nos mercados econômicos. Por mais que o ser humano atual despreze o valor de sua vida, para Deus, a alma humana tem um valor caríssimo. Pedro fala deste alto preço: “Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (1 Pe. 1:18,19). O preço pago por Deus foi a vida de Seu próprio Filho, Jesus Cristo.
Sendo assim, não podemos ficar mais parados, imaginando que Deus salvou somente alguns, mas entendermos que a missão que está diante de nós é preciosa e eterna. A vontade do Senhor é a salvação de todas as pessoas. Ele não fica feliz quando um ímpio morre (Ez. 18:23,32), pelo contrário, o desejo de Deus é que todos alcancem a salvação: “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pe. 3:9).
Enquanto vemos a cada dia o valor da vida humana ser depreciada pelo próprio ser humano, Deus deseja usar Seu povo na Terra para salvar o que está perdido. Milhares de jovens nas drogas, homens e mulheres sem esperança, crianças vazias de carinho e amor, adolescentes sem perspectiva de vida, todos precisam saber que alguém morreu por eles. E quem irá anunciar uma notícia tão maravilhosa como esta? Você e eu. Precisamos urgentemente ouvir o clamor que vem das ruas e atender ao chamado de Deus que diz: “… Quem enviarei? Quem irá por nós?” (Is. 6:8). Diga sim a Deus, e use seus dons e talentos para falar as pessoas que alguém as ama. Esta pessoa é Jesus. Acima de tudo, fale de Jesus através da sua vida!!!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Quando a dor nos visita...

É inevitável que a dor nos visite, mas é opcional que ela faça morada em nossos corações.
Não permita que ela faça morada no seu!!!
Permita que Jesus Cristo habite em seu coração... E todo seu ser será transformado!



Que postura se deve adotar diante do sofrimento e das perdas? 
O que fazer quando a vida nos golpeia com tempos difíceis, quando as palavras desaparecem ou perdem sua validade tornando-se tão vazias e áridas quanto o deserto de nossas vidas? 
E quando nossos belos e “irrefutáveis” conceitos produtores de sentido caem por terra, assim como tudo aquilo que não é eterno e que, até então, nos servia de sustentação, se esvai? 
O que fazer quando todas as horas são dores, e todas as dores, lágrimas vertidas em sangria de uma alma ferida e prostrada?
O fato paradoxal é que nada pode ser feito e tudo pode ser feito. Nada podemos fazer à medida que o sofrimento nos paralisa, fazendo-nos sentir incapazes de impor ordem e vontade própria às nossas vidas. 
O sofrimento pode nos fazer pessoas melhores, se assim permitirmos, como também pode nos tornar pessoas ainda mais difíceis, caso o enfrentemos com a força da amargura. 
Dor é sempre dor, e não há ninguém que esteja isento dela. O diferencial, porém, está em como tratamos a dor, a quem submetemos, com quem, e se compartilhamos, e até mesmo que lições extraímos.
A impotência nestas horas é, de certo modo, um fator positivo, posto que faz relembrar o fato de que somos humanos, e que não temos resposta nem jeito pra todas as coisas. Ora, se com a prepotência, o orgulho e o desejo de controlar tudo ao nosso redor nós caminhamos rumo a desumanização, diante da morte e do sofrimento, nossa humanidade é ressaltada. Neste sentido é que “tudo” também pode ser feito. 
Afinal, afirmamos que o poder e a Graça Soberana de Deus transcendem as limitações da presente existência e até mesmo da morte.
Mas nem todas as coisas abaixo do sol possuem uma explicação racional ou conseqüente. 
Uma perda irreparável, uma morte trágica e cruel: como aclarar tais acontecimentos humanamente inevitáveis? O fato de não entendermos o que Deus fez e faz não significa que ele não tenha um propósito para todas as coisas. E as razões para muitos de seus propósitos, só compreenderemos na eternidade. 
Tudo isto, como diz Eugene Peterson, “não nos diminui, nem destrói, mas nos torna plenamente humanos”, uma humanidade totalmente subordinada a Graça de Deus, à espera de que floresçam as sementes da ressurreição, nosso consolo por excelência.  

(J. Menezes)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Cruz Nossa de Cada Dia


“Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. (Lucas 9.23)

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”. (Mateus 6.34)

A fé cristã é realista. Não esconde as vicissitudes da existência, nem mascara as mazelas que, admitindo ou não, enfrentamos momento após momento! Alguns há que, é verdade, preferem uma fé que lhes rouba o contato com a realidade. Há uma palavra cunhada para expressar esta realidade: alienação. Negar a realidade, contudo, não a altera. Pode até ser que a negação repetida leve a um estado de condicionamento mental capaz de tornar o verdadeiro em falso e o falso em verdadeiro, mas mesmo assim o que se nega não deixa de existir...
Em geral as religiões, quer sejam animistas ou não, politeístas ou não, negam o sofrimento espiritualizando-o. O cristianismo, por sua vez, trata do sofrimento com uma realidade ímpar, ao considerá-lo um fator inerente à existência.  Jesus disse aos Seus discípulos que o sofrimento ser-lhes-ia uma experiência concreta “a cada dia”: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mateus 6.34).
Particularmente pensamos que os cristãos modernos não sabem lidar com o sofrimento. Tal fato se deve ao distanciamento do ensino de Jesus e a absorção de conceitos kármicos e fatalistas, bem como o dualismo que geralmente se faz entre corpo/carne (concebido como mal), e alma/espírito (concebido como bom). 
Se o corpo é mau, tudo que o corpo sofre é símile: prazer, dor, cansaço, etc. Quão distante tais conceitos estão do cristianismo bíblico!
Por assimilarem tais conceitos, as pessoas se frustram com Deus quando se vêem vitimadas pelo sofrimento. Mas a verdade é que não há como fugir da experiência universal do sofrimento! Como bem escreveu o rabino Kushner: “Todos somos irmãos e irmãs no sofrimento. Ninguém chega até nós de uma casa que nunca conheceu a tristeza”.
É verdade que a vida cristã é coroada da alegria indizível, da paz que excede todo entendimento e de vitórias incontáveis... A vida, porém, não a vivemos apenas nos altos montes e picos da vitória, também a vivemos nas planícies do descontentamento, nos desertos das provas e tentações e, infelizmente, nos vales do silêncio e da morte!
Nossa experiência de vida, bem como a vivência com as angustias dos nossos irmãos e irmãs de fé, tem revelado o quanto precisamos de uma concepção bíblica do sofrimento para que não incorramos no mesmo erro dos outros “que não têm esperança” (I Tessalonicenses 4.13).
O Pastor não disse que não passaríamos pelo vale da sombra da morte, mas a experiência de Davi no sofrimento o ensinou a encontrar o Supremo Pastor inclusive no vale de lágrimas (Salmo 23)! O Bom Pastor não disse que o ladrão não tentará roubar-nos, nos matar e nos destruir.... mas disse que “as Suas ovelhas conhecem Sua voz e O seguem” (João 10). Parece-nos que o ensino bíblico, a partir inclusive do que Jó aprendeu (Jó 42.1-6), quer nos mostrar não que o sofrimento será aniquilado da vida dos crêem em Jesus, mas que somente em Jesus podemos suportar o sofrimento com esperança! Eis a suprema mensagem de Jesus: mostrar o triunfo da fé que repousa na Graça quando do despojamento completo do eu. 
Enfim, a Graça é suficiente quando somos privados das demais coisas! (2 Coríntios 12.9)
“Na fé cristã, a angústia não nos separa de Deus, mas ao contrário no conduz a uma comunhão mais profunda com Deus. A fé cristã em Deus é essencialmente comunhão com Cristo, e a comunhão com Cristo é essencialmente a comunhão com o Cristo que foi tentado e que sofreu e se sentiu abandonado. Em sua própria angústia, o homem participa na angústia de Cristo, pois Cristo em Seus sofrimentos passou pelos mesmos sofrimentos e angústias que afetam os seres humanos.

(Ézio Martins de Lima)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sem braços, Sem pernas, Sem preocupações - Nick Vujicic

O testemunho de vida do Nick, sempre toca minha vida. Hoje estava assistindo uns vídeos dele, então resolvi postar aqui um pouquinho da história desse brilhante e abençoado jovém.
Fica a reflexão: Será que realmente temos motivos para reclamar, ou temos motivos para agradecer?
Será que realmente temos motivos para ficarmos estagnados em nossa zona de conforto, ou temos motivos para seguir em frente todos os dias, independente das circustâncias.
Será que temos motivos para maldizer a Deus e a nossa vida, ou temos motivos para agradecê-lo por tudo que temos?

Conheça um pouco mais sobre a vida dele, e seja abençoado também!

Que o testemunho de vida do nick toque a sua vida! E que nos faça crescer a cada dia!






Meu nome é Nick Vujicic e eu agradeço a Deus por ser usado como testemunho para tocar milhares de corações ao redor do mundo. eu nasci sem os membros e os doutores não tem qualquer explicação médica para isso. como você deve imaginar eu enfrentei muitos desafios e obstáculos.
Meus pais são Cristãos, meu pai é pastor. eles não tiveram tempo para se preparar para o meu nascimento. todos choraram o meu nascimento, e se perguntaram o porquê de Deus ter permitido que aquilo tivesse acontecido com minha família, sendo que minha mãe me deu uma irmã e um irmão normais.
Todos achavam que eu não sobreviveria!!!!!!
2Quando fiz 15 passei a dedicar minha vida a Deus. hoje tenho 23 e terminei meu curso universitário de comércio, me formando em planejamento financeiro e contabilidade, eu também dou palestras de motivação.
Tenho muitos objetivos… quero ser independente financeiramente até fazer 25, quero ser entrevistado pela Oprah, quero ter um carro adaptado para mim. E quero escrever muitos livros…estou escrevendo meu primeiro livro ‘sem braços, sem pernas, sem preocupações’.
Que Deus te abençoe!
Nick Vujicic



Assista aos vídeos:

terça-feira, 7 de junho de 2011

A Mulher e sua Auto Estima



(Ct. 1:5; 2:1)
"Eu sou morena, porém formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão".

I) Definição:

Auto-estima é a avaliação que a pessoa faz de seu valor, competência e significado.
Auto-imagemé a idéia que fazemos de nós mesmos. É a atitude. Estar satisfeito com a sua vida e identidade não precisando provar ou demonstrar nada.
A auto-imagem, ou auto-aceitação não é um mero sentimento que oscila entre: às vezes me sinto bem; outras vezes me sinto mal. O sentimento de auto-estima é algo mais profundo. É uma atitude que me norteia, dando óculos emocionais através dos quais enxergo a vida toda.
Se eu me aceito, normalmente enxergo a vida de forma positiva. Se eu não me aceito, normalmente enxergo a vida de forma negativa e pessimista. (Jo. 10:10)


II) Paulo nos ensina em Filipenses 4:11b-13, três fatores imprescindíveis quanto ao viver com qualidade: 

1. A atitude de estar contente foi aprendida. Não é automático. Desenvolver a auto-estima de forma sadia requer esforço e desenvolvimento espiritual.
2. Em segundo lugar precisamos adaptar-nos. Ele diz: "Aprendi a adaptar-me..." (BLH) Se formos rígidos, dogmáticos, inflexíveis ou perfeccionistas, teremos dificuldade em desenvolver nossa auto imagem.
3. Em terceiro lugar, o contentamento de Paulo, expressa uma dependência total de Deus. O apóstolo não se coloca como um super-homem, sua atitude de contentamento é porque ele tudo pode naquele que o fortalece - Jesus Cristo. Para Paulo e para nós, Cristo em nosso interior (Cl. 1.27) determina nossa atitude de contentamento e aceitação

III) A Bíblia enfatiza o valor humano aos olhos de Deus.

1. Fomos criados a imagem e semelhança de Deus (Gn. 1:27).
2. Fomos criados com capacidade intelectual (Gn. 2:19).
3. Fomos criados com capacidade de nos comunicar.
4. Fomos criados com liberdade de fazer escolhas (Gn. 3:2-6).
5. Fomos criados para dominar sobre o resto da criação (Gn. 1:28). A Bíblia nos descreve um pouco menor que os anjos (Sl. 8:4,5).

IV) Os efeitos da baixo auto-estima: 

Pessoas com problema de auto-aceitação tem tendências para:

1. Isolamento,
2. Impotência para superar deficiências,
3. Dificuldade para se relacionar com pessoas,
4. Ser super dependentes,
5. Insegurança,
6. Não gostar de si mesma,
7. Queixar-se,
8. Não sabe perder,
9. Não se preocupar com a aparência.

V) Três ladrões da auto-imagem.

1. Seus sentimentos. Sentimentos não podem dominar você, devem ser dominados.
2. As circunstâncias. Seu contentamento não pode estar condicionado às circunstâncias da vida (Hb. 3:17,18)
3. Opiniões de outros. A opinião dos outros não pode estar acima da opinião de Deus e a sua. Toda pessoa que é escrava das opiniões dos outros, tem problema de complexos.

VI) Auto-imagem e identidade.

1. Nossa identidade é o que realmente somos em qualquer lugar.
2. Nossa identidade é o que realmente somos, não importa com quem estamos.
3. O HOMEM - Tem a tendência de ganhar significado através do trabalho.
4. A MULHER - Tem a tendência de ganhar sua auto estima por meio do seu relacionamento.

VII) Por que muitas pessoas têm auto-estima baixa?

1. Quando se aprende uma "Falsa Teologia".
2. O pecado (O sentimento de culpa destrói a auto-aceitação).
3. Experiências passadas.
4. Relacionamento entre pais e filhos. (criticas infundadas, falta de elogio, fala de carinho, super-proteção, pais dominadores, etc.)
5. Expectativas irreais.
6. Pensamentos errados. (Ex: "Ninguém gosta de mim". "Não valho nada".)
7. Influências da sociedade longe de Deus.

VIII) Seis níveis de expressão de auto-imagem da mulher de cantares.

A afirmação diferenciada que o cônjuge faz do outro é sempre geradora de auto-imagem naquele que a ouve e que a recebe para si.
1. Em relação a sua aparência. (Ct. 1:5) Mesmo a eventual cor da sua pele, excessivamente queimada do sol, não lhe tira a certeza da beleza.
2. Em relação ao seu ego. (Ct. 2:1)
3. Em relação a posse. (Ct. 2:16) "O meu amado é meu..." A Sulaminta, de Cantares, é mulher segura e de firme convicções. Não se julga incapaz de despertar o amor, como sucede com muitas pessoas que, porque não se amam, nunca admitem que são amadas, e quem não se ama, jamais se vê como capaz de despertar amor ou admiração em alguém.
4. Em relação a entrega. (Ct. 7:10) "Eu sou do meu amado..."
5. Em relação a ausência. (Ct. 7:10) "Ele tem saudades de mim..." Outra vez, a Sulamita aparece como uma mulher consciente de que a sua ausência é geradora de saudade e desejo no companheiro. Estar longe dela, é estar carente; é estar com menos, é ser infeliz, é estar incompleto.
6. Em relação ao caráter. (Ct. 8:10) Por último, ela se afirma como conhecedora do tipo de caráter de que é tecida. 

(Pr. Josué Gonçalves)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Juntos nas quatro estações



É preciso mais que amor para sobreviver às mudanças climáticas do casamento.

Há muito que os casais ocidentais já não casam obrigados pelos pais ou por questões culturais.
Basta aparecer o senhor ou senhora perfeitos, e pronto, viveram felizes para sempre.
Esta seria a fórmula da união feliz se a realidade não mostrasse algo bem diferente.
Milhões de casais se separam após anos de casamento — e com filhos — ou apenas meses de relação.
Desde 1977, quando o divórcio foi legalizado no Brasil, os números não param de crescer. Segundo uma pesquisa divulgada pelo IBGE em 2003, os divórcios subiram 59,6% desde a década de 1990. O discurso é quase sempre o mesmo: a paixão esfriou e o amor acabou.
O adultério, a necessidade de espaço, o desejo de sair da rotina e até mesmo o estresse da chegada dos filhos só potencializaram a decisão.
Desde então o divórcio se tornou banal e as famílias chamadas modernas comportam novos “ex” e vários enteados.
Para Gary Chapman, é natural que a relação do casal passe por momentos de aquecimento ou esfriamento.Entretanto, tais fases — que ele chama de primavera, verão, outono e inverno —
não significam o fim da relação. “Elas vêm e vão, e cada uma traz em sí a possibilidade de saúde e felicidade emocional, além dos próprios desafios”, avalia Chapman. Ou seja, embora muitos casais interpretem o inverno como o fim de tudo, na verdade trata-se apenas de uma nova fase a dois.
O autor conta que nos 30 anos de trabalho como conselheiro matrimonial e 40 de casamento aprendeu que a entrada e a saída das estações e a sua duração dependem totalmente da atitude do casal diante das dificuldades ou desafios diários.
Enquanto alguns casais continuam juntos após uma crise séria, outros podem se separar porque o marido ronca.
Casais dizem adeus diante de problemas financeiros, enquanto outros decidem vencer juntos o alcoolismo do companheiro.
Para Chapman, o segredo é “desenvolver as habilidades necessárias para melhorar o casamento nas quatro estações”. Segundo ele, a capacidade de lidar com as mudanças já deve começar a ser desenvolvida na lua-de-mel e precisa resistir às bodas de diamante.
O que acontece na verdade é que a visão primaveril do casamento — nutrida durante todo o namoro e noivado — é tida como a base da relação. A casa está montada conforme os sonhos dos dois, o buquê da noiva já foi lançado e a lua-de-mel foi maravilhosa.
Tudo parece perfeito. No entanto, mesmo durante esse período o outono fica à espreita para mostrar que no casamento nem tudo são flores.
 Os defeitos do outro, que pareciam tão simpáticos no namoro, se transformam em grande incômodo. Ela já não faz mais todas as vontades do marido com um sorriso no rosto. Ele não traz mais flores quando chega do trabalho.
É claro que tais momentos de romantismo e gentilezas aquecem o casamento.

Mas segundo Mauro Clark, autor do livro Casamento transformado, “esse tipo de alegria, por mais real e benéfica que seja, é superficial e fugaz, uma vez que está sujeita a circunstâncias externas e relacionada com gostos e preferências pessoais”. E ele conclui: “não é um indicador confiável da qualidade e solidez de um casamento”.
Assim, não é porque o romantismo não faz parte do dia-a-dia do casal que a primavera passou. 
É na verdade o momento certo para os dois firmarem a relação sob paradigmas mais sólidos.
“Até para as pessoas que sonharam durante anos com o casamento e que julgam odiar a solidão, o matrimônio pode ser encarado como uma invasão de privacidade.

Ninguém jamais se casou sem se surpreender, e geralmente se alarmar, com a pura intensidade dessa visão”, diz Mike Mason, autor de O mistério do casamento. Tais mudanças climáticas, no entanto, nem sempre podem ser vistas por quem está de fora.
As aparências enganam, e quando o assunto é “casal cristão” isso não é diferente. Mesmo que o divórcio não faça parte do vocabulário da grande maioria dos evangélicos, essa questão jamais deve ser ignorada.
Quando isso acontece, corre-se o risco de sucumbir à hipocrisia.
 Quando se fala abertamente sobre problemas e expectativas —antes e durante o casamento — amplifica-se o nível de tolerância e cria-se espaço para mudanças pontuais no relacionamento. Seria como apelar para a previsão do tempo.
Afinal, uma tempestade pode cair num dia ensolarado. Nesse caso, é melhor ter um bom guarda-chuva a tiracolo.

sábado, 4 de junho de 2011

Família em baixa, crime em alta.


Jovens da classe média e média alta têm frequentado o noticiário policial. Crimes, vandalismo, consumo e tráfico de drogas, deixam de ser marcas registradas das favelas e da periferia das grandes cidades. O novo mapa do crime transita nos bares badalados, vive nos condomínios fechados, estuda nos colégios da moda e não se priva de regulares viagens ao exterior. Fenômeno, aparentemente surpreendente, é reflexo de uma cachoeira de equívocos e de uma montanha de omissões. O novo perfil de delinquência é o resultado acabado da crise da família, da educação permissiva e do bombardeio de setores do mundo do entretenimento que se empenha em apagar qualquer vestígio de valores.
Os pais da geração transgressora têm grande parte da culpa. Choram os desvios que crescem no terreno fertilizado pela omissão. O delito não é apenas reflexo da falência da autoridade familiar. É frequentemente, um grito de revolta e carência. A pobreza material castiga o corpo, mas a falta de amor corrói a alma. Os adolescentes, disse alguém, necessitam de pais morais, e não de pais materiais.
Refém da cultura da auto-realização, alguns pais não suportam ser incomodados pelas necessidades dos filhos. O vazio afetivo imagina na insanidade do seu egoísmo, pode ser preenchido com carros, boas mesadas e um celular para casos de emergência. Acuados pela desenvoltura antissocial de seus filhos, recorrem ao salva vidas da psicoterapia. E é aí que a coisa pode complicar. Como dizia Otto Lara Rezende, com ironia e certa dose de injusta generalização, "a psicanálise é a maneira mais rápida e objetiva de ensinar a odiar o pai, a mãe e os melhores amigos". Na verdade, a demissão do exercício da paternidade está na raiz do problema. A omissão da família está se traduzindo no assustador aumento da delinquência infanto-juvenil e no comprometimento, talvez irreversível, de parcelas significativas da nossa geração.
Se a crescente falange de adolescentes criminosos deixa algo claro, é o fato de que cada vez mais pais não conhecem os próprios filhos. Não é difícil imaginar em que ambiente afetivo se desenvolve os integrantes das gangues bem-nascidas. A análise dos especialistas em política pública esgrime inúmeros argumentos politicamente corretos. Fala-se de tudo. Menos de crise da família. Mas o nó está aí.    Se não tivermos firmeza de desatá-lo, assistiremos acovardados e paralisados a uma espiral de crueldade sem precedentes. É uma questão de tempo. Infelizmente.
Certas teorias no campo da educação, cultivadas em escolas que fizeram uma opção preferencial pela permissividade, também estão apresentando um amargo resultado. Uma Legião de desajustados, crescida à sombra do dogma da educação não-traumatizante, está mostrando a sua face antissocial. Ao traçar o perfil de alguns desvios da sociedade norte-americana, o sociólogo Christopher Lach (autor do livro A rebelião das Elites) sublinha as dramáticas consequências que estão ocultas sob a aparência da tolerância: "Gastamos a maior parte da nossa energia no combate à vergonha e culpa, pretendendo que as pessoas se sentissem bem consigo mesmas." O saldo é uma geração desorientada e vazia. A despersonalização da culpa e a certeza da impunidade têm gerado uma onda de super-predadores. Basta pensar, por exemplo, no exibicionismo violento dos pitboys das noites cariocas e paulistas.
O inchaço do ego e o emagrecimento da solidariedade estão na origem de inúmeras patologias. A forja do caráter, compatível com o clima de verdadeira liberdade, começa a ganhar contornos de solução válida. A pena é que tenhamos de pagar um preço tão alto pra redescobrirmos o óbvio.
por Alberto Di Franco