Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Efésios 2:8
Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.
Tiago 2:22
Tiago não coloca a fé em grau de igualdade com as obras, mas sim discutes dois tipos de fé: uma fé morta e uma fé para salvação.
A fé para salvação não é simplesmente uma profissão ou uma reivindicação vazia, nem apenas a aceitação de um credo. A fé para a salvação é a que produz uma vida obediente.
Nossas obras mostram a autenticidade do que professamos.
A fé cria obras, e as obras aperfeiçoam a fé.
Paulo enfatiza que a fé não são atos religiosos sem um coração renascido. Tiago ressalta que a fé não é um coração renascido sem atos. Nenhum deles concordaria com a validade de uma fé que se confessa mais é vazia.
Bíblia de Estudo - Plenitude.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Existe um contexto, um pano de fundo, por detrás de
todas as obras de caridade que a igreja realiza, e esse pano de fundo é a fé em
Jesus Cristo. É um erro grave – um erro danoso – supor que o Cristianismo é
primariamente um sistema de ética, ou que ele é principalmente um chamado para
a justiça social e as obras de caridade. Interpretar o Evangelho de Jesus
Cristo como puramente, ou até mesmo principalmente, um evangelho social é
distorcer a sua mensagem e negar o seu poder. Boas obras não produzem uma religião
pura, mas esta produz as boas obras. Esta distinção deve ser mantida.
Tiago diz que a religião pura e imaculada não apenas
cuida dos órfãos e viúvas, mas também se mantém guarda alguém de ser poluído
pelo mundo. Isso reforça a ideia de que o Cristianismo não é um evangelho
social. A filosofia bíblica do ministério e do evangelismo é remover qualquer
abertura desnecessária sem ir a extremos ridículos ao fazê-lo. “O que é
ridículo?”, você diz. Um exemplo atual é parafrasear todo o Novo Testamento na
“linguagem das ruas”. Quando um crente vai para as “ruas” com isto, logo de
início ele causa a impressão de que Deus não se importa com a pureza de suas
palavras, ou pelo menos que ele não se importa com isto.
Novamente, a filosofia bíblica de ministério é
remover qualquer obstáculo desnecessário, mas a filosofia desorientada sobre a
qual estamos falando agora crê que a forma de alcançar o mundo é mostrar aos
incrédulos que, no final das contas, não somos tão diferentes deles. Olhando da
perspectiva da eficácia no ministério, da fidelidade à palavra de Deus, e da
perspectiva de manter uma religião pura e imaculada, se esta é a nossa filosofia
de ministério, então poderíamos também deixar os órfãos e as viúvas morrerem de
fome. O que eu estou dizendo é que nós não podemos deixar que as preocupações sociais dirijam nossa fé e prática, e não podemos deixar que nossa mensagem se torne meramente um evangelho social; de outra forma, todo o nosso empreendimento se tornará sem poder e sem significado. Nosso trabalho se tornará um que salva o estômago, mas que deixa a alma morrer de fome. De fato, se a igreja se torna uma mera instituição social, uma organização para promover obra de caridade e bem-estar do homem natural, então ela perde sua própria razão de existência.
Ora, o mundo daria boas-vindas à semelhante
instituição, e amaria nada mais do que uma igreja humanística e sem poder, ao
invés de ouvi-la pregar uma mensagem do céu que também tem implicações éticas e
sociais. Assim, nossa obra social e de caridade deve ser dirigida por
preocupações espirituais e princípios bíblicos. Ela deve ser fruto da
verdadeira fé e da religião pura, e não o objeto último, a natureza ou o
propósito da nossa fé.
Extraído do livro "Religião Pura" da Ed.
Monergismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário