quinta-feira, 23 de agosto de 2012

João Batista - Personalidade Profética




Havia séculos que não surgia um verdadeiro profeta, como Elias e os demais nas terras da Palestina.


Os judeus estavam sob o jugo do Imperador romano Tibério, quando Pilatos era governador da Judéia, e lutavam por preservar sua terra, templo e identidade.

Aí surge um estranho e carismático homem, vivendo como nômade em toda a região do Rio Jordão, usando uma roupa feita de pelos de camelo, alimentando-se de mel do mato e gafanhotos. Profeta, insistia junto ao povo que o procurava na necessidade de arrependimento dos pecados que traz o perdão de Deus. Seu caráter íntegro atraía gente de vários lugares, incluindo muitos da elite, os saduceus e fariseus. Como se diziam “filhos de Abraão”, eles criam que tinham direitos hereditários à salvação. A estes, João Batista enfatizava com maior veemência a que mostrassem frutos de arrependimento, senão teriam terrível castigo.

João demonstrou a presunção deles afirmando que Deus poderia fazer descendentes das pedras. Ele não acomodou a mensagem aos interesses de nenhum grupo, mesmo dos que tinham alto status e podiam lhe cortar a vida, e teve um ministério muito semelhante ao do grande profeta Elias.

João Batista vivia com discernimento dos acontecimentos à sua volta. Sabia dos acontecimentos de seu país e orientava o povo sobre a ética social, como: partilhar os recursos com os necessitados, não exceder na cobrança dos impostos, não extorquir a ninguém, evitar abuso de autoridade, não fazer uso indevido da força ou mentira. Denunciou e não compactuou com o adultério e outras coisas más do governador da Galiléia, Herodes, pelo que veio a ser preso. Era, segundo ensinou Jesus, o maior dentre todos da velha aliança.

João Batista também conhecia e esperava pelas promessas de Deus e percebeu quando o filho de Deus irrompeu no cenário humano. Jesus apresentou-se para o batismo e, enquanto orava, o céu se abriu, e o Espírito Santo desceu na forma de uma pomba sobre ele. Neste momento João Batista teve certeza de que estava diante do Messias.

Além disso, ele serve como modelo para todos os ministros do evangelho, sejam missionários, pastores, evangelistas, profetas, professores da Bíblia, conselheiros: Desde o começo, e repetidamente, ele deixa bem claro de que ele (João Batista) não é o Messias, mas uma simples testemunha. Sempre que aparecia uma oportunidade de ser “famoso”, ele prontamente encaminhava as pessoas para Jesus.

João Batista sempre apresenta sua identidade em relação a Jesus Cristo. Ele demonstra plena consciência de sua missão, descrita em (Jo. 1 – 6-8). A sua identidade é como que derivada da identidade de Jesus Cristo. Ela é conhecida pelo reconhecimento de Jesus Cristo como sua referência. Autores têm chamado a atenção para o fato de que o conhecimento de si mesmo tem sempre um ponto de referência fora de si. A pretensa autonomia do ego é posta sob suspeição.

Se não temos Jesus Cristo como ponto de referência, como a identidade que nos dá identidade, encontraremos algo ou alguém para ocupar este lugar.



(Bíblia de Estudo – Conselheira – NTLH – Pág. 190)

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