segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Beleza - Mais do que um rosto atraente.




As escrituras falam com frequência da beleza interior e exterior. Várias mulheres da Bíblia como Sara, Rebeca, Raquel, Abigail, Bate-Seba e Ester se destacam por sua beleza. A rainha Ester passou por um tratamento de beleza. Aliás, o livro de Ester relata um concurso de beleza.
A aparência de uma mulher cristã deve complementar o seu espírito interior e, em nenhum momento, representar um empecilho para o Reino de Deus. A beleza não consiste apenas num rosto bonito ou na última moda. Para uma mulher piedade, a boa higiene, os cuidados com a pele, roupas apropriadas e boas maneiras são meios de apresentar uma aparência exterior agradável que atraia outros para perto dela, dando-lhe a oportunidade de falar de Cristo que habita em seu interior.

O semblante de uma mulher muitas vezes reflete o seu coração. Quando ela permanece no amor de Deus, seus traços tendem a se suavizar e seu rosto espelha a paz de seu interior. Seus atos e atitudes costumam indicar onde estão suas raízes. Quando o seu coração está arraigado na paz e na alegria, a presença do Espírito Santo em seu interior faz seu semblante irradiar vitalidade, entusiasmo, amor e uma sensação profunda de bem-estar – algo que nenhum perfume, maquiagem, estilista, penteado ou condicionamento físico pode criar – e essa mulher se torna atraente para outras pessoas.

A verdadeira beleza nasce do ser interior e se manifesta em motivações puras e num espírito abnegado e generoso para com os outros. Esse manancial de amor só pode ser encontrado em Jesus, quando uma mulher lhe entrega sua vida. Nenhum tratamento de beleza ou roupa da moda é capaz de encobrir um coração feio, palavras maldosas ou atitudes hostis.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O vilão de mil faces





por Kevin DeYoung


Theodore Dalrymple é um dos meus escritores favoritos. Ele é um médico britânico aposentado que trabalhou bastante nos hospitais e prisões do interior. Nessa posição, ele viu e ouviu muitas coisas desagradáveis ao longo dos anos. Em um de seus trabalhos ele fala sobre como costumava acreditar que as pessoas eram basicamente boas (Dalrymple não é um cristão). Ele esteve em países aonde ditadores governaram e pessoas foram massacradas, mas pensava que o mal generalizado seria culpa dos ditadores, e sem eles, não existiria. Gradualmente ele mudou de ideia, depois de ouvir inúmeras histórias de coisas horríveis que seus pacientes haviam experimentado e feito. “Talvez a característica mais alarmante desse corriqueiro, mas endêmico mal, aquele muito perto da concepção de pecado original, é que é espontâneo e não forçado. Ninguém exige que as pessoas o cometam.”


Dalrymple diz que em uma ditadura você pode entender que as pessoas façam coisas más para se protegerem. Mas em um país livre como a Grã Bretanha, ninguém te obriga a ser mau. De fato, muitas vezes você será punido se fizer o mal. E ainda assim, frequentemente, as pessoas escolhem fazer o que é mau. “Nunca mais” ele escreve, “serei tentado a acreditar na bondade fundamental do homem, ou que a maldade é algo excepcional ou estranho à natureza humana” (Our Culture, What’s Left of It, 7-8).

O pecado está em todo coração humano. É o vilão de mil faces. É o homem que engravida uma mulher e foge para outra cidade. É também o respeitável homem de família que deprecia sua mulher e ignora seus filhos. É a mulher mesquinha que fala mal de todo mundo, mas é também a doce senhorita que nunca diz uma palavra indelicada, mas guarda todo tipo de ressentimento e amargura. É aquele rapaz que maldiz seus pais e ataca todos que tentam ajudar. É também a criança que sempre tira notas boas, dorme cedo, sorri para todos na igreja, mas é um enorme pacote de orgulho e auto-justiça.

Pecado é luxúria, cobiça, assassinato. Mas pecado é também impaciência, a teimosia, a necessidade de controlar tudo e todos. Pecado é se odiar porque, em seu orgulho, quer ser o mais bonito, o mais inteligente e o mais atlético. Pecado é ficar revoltado com todas as pessoas que julgam no mundo que você gosta de julgar. Pecado é a autossuficiência que sentimos em nossa intelectualidade esnobe para com aqueles que não são tão iluminados como nós somos, e em nossa estética esnobe para com aqueles que não apreciam as coisas finas que nós apreciamos.

Pecado é pregar e servir e ser um bom cristão porque os outros irão notar e pensar bem de nós. Pecado é falar mais sobre as falhas das outras pessoas do que orar por elas. Pecado é recusar-se a dar um centímetro de misericórdia para aqueles que nos magoam, mesmo quando nos foram dados quilômetros de misericórdia em Jesus. Pecado é amar as pessoas para que elas gostem de você também e ajudar as pessoas para ser aplaudido por eles. Pecado é a preguiça que chamamos de déficit de atenção, o temor ao homem que chamamos de ansiedade e o ignorar a Deus que chamamos de ocupação e falta de tempo.

Nós precisamos desesperadamente da palavra “pecado” em nosso vocabulário. Quando um famoso político ou atleta peca, a mea culpa é sempre na linguagem do “me desculpem por ter desapontado tantas pessoas”. Ou “ eu me arrependo do meu erro de julgamento”. Ou, “Eu admito que tem sido uma luta árdua para mim e eu estou buscando ajuda”. Raramente se diz “Eu pequei, me desculpem, por favor, me perdoem”. Mesmo como cristãos nós buscamos maneiras de evitar a palavra “pecado”. Nós vamos falar sobre nossas imperfeições, nossas falhas, nossas inadequações, nossas disfunções, nossas fraquezas, nossas inseguranças, nossos traumas de crescimento. Mas como se não chamamos o pecado de pecado?

Deus tratou como pecador aquele que não tinha pecado para que, por meio dele, pudéssemos ser justos diante de Deus.

A Bíblia diz que o pecado é o problema no mundo. Nós somos rebeldes, traidores e desleais com nosso Rei. Nós somos criaturas ingratas que debocham do Criador. Somos tolos amantes que vão atrás de pessoas e coisas que não satisfazem. Nós temos corações poluídos que gostam do que é mau e não gostam do que é bom, corações corrompidos que buscam glória para si mesmos em vez de Deus. O pecado é a causa do pecado em todos nós.

Exceto por Cristo, é claro. Deus tratou como pecador aquele que não tinha pecado para que, por meio dele, pudéssemos ser justos diante de Deus. O pecado pode ter mil faces, mas a salvação tem apenas uma.



sábado, 20 de outubro de 2012

Culto de adoração, ou um passeio ao clube?

Charles H. Spurgeon
Trecho do sermão pregado na manhã do dia do Senhor
de 7 de outubro de 1888,
no Metropolitan Tabernacle, Newington, Inglaterra.

Os homens parecem nos dizer: "Não há qualquer utilidade em seguirmos o velho método, arrebatando um aqui e outro ali da grande multidão. Queremos um método mais eficaz. Esperar até que as pessoas sejam nascidas de novo e se tornem seguidores de Cristo é um processo demorado. Vamos abolir a separação que existe entre os regenerados e os não-regenerados. Venham à igreja, todos vocês, convertidos ou não-convertidos. Vocês têm bons desejos e boas resoluções: isto é suficiente; não se preocupem com mais nada. É verdade que vocês não crêem no evangelho, mas nós também não cremos nele. Se vocês crêem em alguma coisa, venham. Se vocês não crêem em nada, não se preocupem; a 'dúvida sincera' de vocês é muito melhor do que a fé".

Talvez o leitor diga: "Mas ninguém fala desta maneira".

É provável que eles não usem esta linguagem, porem este é o verdadeiro significado do cristianismo de nossos dias. Esta é a tendência de nossa época. Posso justificar a afirmação abrangente que acabei de fazer, utilizando a atitude de certos pastores que estão traindo astuciosamente nosso sagrado evangelho sob o pretexto de adaptá-lo a esta época progressista.

O novo método consiste em incorporar o mundo à igreja e, deste modo, incluir grandes áreas em seus limites. Por meio de apresentações dramatizadas, os pastores fazem com que as casas de oração se assemelhem a teatros; transformam o culto em shows musicais e os sermões, em arengas políticas ou ensaios filosóficos. Na verdade, eles transformam o templo em teatro e os servos de Deus, em atores cujo objetivo é entreter os homens. Não é verdade que o Dia do Senhor está se tornando, cada vez mais, um dia de recreação e de ociosidade; e a Casa do Senhor, um templo pagão cheio de ídolos ou um clube social onde existe mais entusiasmo por divertimento do que o zelo de Deus?

Ai de mim! Os limites estão destruídos, e as paredes, arrasadas; e para muitas pessoas não existe igreja nenhuma, exceto aquela que é uma parte do mundo; e nenhum Deus, exceto aquela força desconhecida por meio da qual operam as forças da natureza. Não me demorarei mais falando a respeito desta proposta tão deplorável.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Submissão em Amor




A Bíblia claramente ordena que os crentes se entreguem a Deus – que obedeçam a sua Palavra e se submetam à sua vontade. A entrega não é natural ou fácil, mas uma mulher cristã verdadeiramente experimenta liberdade para viver somente através de sua entrega a Deus. Através de sua ressurreição do túmulo e sua exaltação nos céus, ele ilustra as bênçãos que inevitavelmente acompanham a entrega obediente.
Entrega significa ceder voluntariamente à autoridade de outra pessoa. Para os cristãos, a máxima autoridade está em Deus. As Escrituras ensinam os crentes a se entregarem aos caminhos de Deus. A palavra de Deus deveria sobrepor-se a quaisquer outras autoridades na vida do crente.

A palavra de Deus revela sua natureza, seu trabalho e seus planos. Maria, mão de Jesus, expressou sua obediência à Palavra de Deus quando aceitou seu papel no nascimento do salvador. Total entrega a Deus requer tanto um conhecimento e entendimento do que a Bíblia ensina quanto um compromisso com a obediência aos seus ensinamentos.
Entregar-se à autoridade da Palavra de Deus leva o crente ao desafio de submeter sua própria vontade a Deus. A confiança completa em Deus exige que uma mulher renuncie todos os direitos a fim de direcionar o caminho de sua própria vida. Através da entrega à vontade de Deus, ela afirma que seu Pai celeste a conhece melhor. As aspirações pessoais se tornam secundárias ao plano divino de Deus. Tiago fala sobre o valor prático da submissão. Aqueles que se entregam à vontade de Deus estarão sob o cuidado de Deus.

Além disso, todos aqueles que se entregam acabam envolvidos de alguma forma com o ministério de outros. Os crentes são avisados de que a entrega não é verdadeira até que seja total. As Escrituras exortam os crentes a entregarem TUDO ao Senhor.
Deus convida o crente a se entregar e submeter-se à sua Palavra e vontade. Ele promete guiar, fortalecer e abençoar aqueles que respondem a seu chamado.

 

Bíblia da Mulher

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Parabéns Vovó pelos 96 anos!


 
 
O sentimento que invade o meu coração hoje é GRATIDÃO...
Gratidão por fazer parte da geração que andou e anda contigo, viveu e vive contigo e aprendeu e aprende contigo.

Gratidão por quem você foi e por quem você é.
Gratidão pelo seu amor sempre demonstrado mesmo que nas pequenas atitudes.

Gratidão pela sua dedicação, sempre cuidando de tudo e de todos.
Vovó, é tão lindo te ver aos 96 anos tão cheia de vida, de paz e de esperança.

É tão lindo te ver aos 96 anos com garra, amor e alegria.
Têm dias seu corpo não corresponde tão bem, mais a sua alma está sempre repleta da presença do Pai.

Sou grata por tudo que você me ensinou, mais o maior tesouro que você poderia nos dar, você nos deu, nos ensinou a amar e obedecer a Cristo.
Eu te amo vovó, eu vejo Cristo em seu viver, em seu andar e em seu falar, e isso enche o meu coração de alegria e a minha alma de paz.

Se eu tivesse que te descrever em uma palavra, essa palavra certamente seria RESISTÊNCIA, você resistiu a dores, a perdas, a situações embaraçosas, a tristezas profundas, tudo aconteceu, tudo passou, e você continuou firme... Firmada em Cristo, aquele que tem sido o seu sustento. Sempre feliz e ansiando dias melhores...
Vovó, eu te amo... Intensamente, e não há palavras que possa descrever esse amor e admiração.

Que o Senhor Deus te conceda muitos anos de vida, (pelo menos até os 100), porém, se essa não for a vontade Dele, meu coração continuará grato por quem você é e por seu amor.

Feliz 96 anos!!! Linda demais, perfeita aos olhos do Pai!!!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Entre os evangélicos e o evangelho




O cantor e compositor Gilberto Gil, em sua música Se eu quiser falar com Deus, define muito bem a religião. Segundo ele, esse projeto humano é uma tentativa de “subir aos céus sem cordas pra segurar”. De acordo com os versos do artista baiano, o resultado dessa busca será “nada, nada, nada, nada do que eu pensava encontrar”. Concordo plenamente com Gilberto Gil – tal comportamento chama-se religiosidade, e o único resultado que se obtém dela é a frustração. Isso dá o que pensar no momento em que sabemos que 92% dos brasileiros têm algum tipo de envolvimento com a religião – sendo que mais de 42 milhões deles se declaram evangélicos, segundo o último censo.

A partir destes números, poderíamos definir o brasileiro como um povo altamente religioso, e com um crescente viés evangélico. Ou seja, a religiosidade evangélica tornou-se expressiva no contexto nacional, e se faz presente nos mais variados segmentos de nossa sociedade. No entanto, podemos ser induzidos a dois grandes equívocos na nossa percepção acerca dessa presença e influência. O primeiro é o de acreditar que a palavra de Deus é algo que precisa ser ouvido, compreendido e acolhido somente por aqueles que se encontram do lado de fora das chamadas igrejas evangélicas. A pressuposição básica é a de que os que se encontram dentro de nossos templos – de preferência, vinculados ao rol de membros – estão ali justamente porque já ouviram, compreenderam e se renderam ao Evangelho.

 O segundo equívoco é pensar que a religiosidade evangélica é boa, enquanto as demais formas de expressão religiosa são ruins. Aqui, encontra-se pressuposição de que o simples fato de se denominar evangélico significa que alguém efetivamente vive o evangelho. Consequentemente, não se pondera a possibilidade de a própria religiosidade evangélica ser, de alguma forma, uma espécie de antídoto contra a mensagem do próprio Evangelho. Logo, o Evangelho precisa, sim, ser ouvido, compreendido e acolhido também por pessoas que se encontram dentro de nossas chamadas igrejas evangélicas – isso porque estar dentro de uma dessas igrejas não significa, necessariamente, estar no Evangelho.

O termo religião deriva do latim religare e aponta para um conjunto de crenças, tradições, ritos e normas comportamentais que têm por objetivo primário a conquista (ou reconquista) do favor da divindade por parte do fiel. Ou seja, a religião é algo que se caracteriza pela tentativa do homem de, através de seu próprio esforço e performance, se conectar ou religar com o divino. Bem diferente do projeto religioso é o evangelho. O termo derivado do grego evangelion, significa literalmente “boa notícia”. E o Evangelho é boa notícia por anunciar que o que era impossível aos homens e mulheres, através do próprio esforço religioso, tornou-se possível através da ação graciosa e poderosa do próprio Deus criador. Em Jesus, esse Deus criador vem ao encontro da humanidade para assumir sobre si a consequência da ruptura gerada pela opção errada de nossos primeiros pais.

No princípio, houve um acordo, uma decisão e uma consequência; mas, na cruz, o Deus criador paga o preço da decisão errada tomada pelos nossos ancestrais a fim de anular o resultado do pecado, que nos mantém aleijados de uma relação pessoal com o Senhor.

Assim, agora, todo aquele que crê que Jesus é quem, de fato, disse ser (o próprio Deus criador) e que a obra feita por ele na cruz foi totalmente suficiente para restaurar a relação entre Deus e a humanidade, está definitivamente religado ao seu amor na história e por toda eternidade. Não se trata de confiar nos ritos que fazemos, ou mesmo no comportamento que adotamos, mas sim, na incondicionalidade do seu imenso amor demonstrado na cruz. Aqui, chegamos ao ponto mais importante e preocupante: O que encontramos dentro das chamadas igrejas evangélicas no Brasil? São homens e mulheres que vivem uma relação pessoal e intima com Deus por confiarem plenamente na obra feita por Jesus na cruz? Ou, simplesmente, vemos pessoas, dedicando-se às atividades eclesiásticas, às campanhas de arrecadação financeira e a práticas religiosas de todo tipo, a fim de se sentirem dignos do amor e favor de Deus?

 

Ricardo Agreste
Cristianismo Hoje.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O que é o Evangelho





Às vezes tenho vontade de gritar: NÃO!!! Evangelho não é isso que se vê na Tv...


Evangelho não é o que se houve em púlpitos mal intencionados onde a única coisa que importa é o quanto $$$ você tem para "deus"...

Evangelho não é a valorização do ter, do poder e do fazer, e sim a beleza do SER...

Evangelho não é orar bonito, pregar bonito, atrair pessoas e ser autosuficientes, e sim a dependencia Dele e Nele...

Evangelho não é a prisão da alma, e sim a liberdade para a obediência...

O evangelho é o verbo encarnado, é o amor supremo, é a liberdade de ser Nele, por Ele e para Ele... O evangelho é o caminho, e esse caminho é Cristo!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Aponte sua bússula para a direção certa.





Imagine qual seria sua reação se eu abrisse uma lista telefônica e dissesse bem alto: “Descobri uma lista de todas as pessoas endinheiradas!”. Ou se eu dissesse: “Aqui está uma lista dos diplomados em faculdade”. Ou então: “Esta lista menciona quem tem carro vermelho”. Provavelmente, você diria: “Ei, espere um pouco. Essa não é a finalidade da lista. Você tem em mãos uma lista telefônica, ou seja, o propósito dela é simplesmente mencionar o nome e o número do telefone dos habitantes de uma cidade durante determinado período de tempo”.
Só poderei fazer bom uso da lista telefônica se entender sua finalidade. Só poderei fazer bom uso da Bíblia se entender sua finalidade...

A finalidade da Bíblia é simplesmente proclamar o plano de Deus para salvar seus filhos. Ela afirma que o homem está perdido e precisa ser salvo. Ela também traz a mensagem de que Jesus é o Deus nascido em forma de homem para salvar seus filhos.
Embora tenha sido escrita ao longo de dezesseis séculos por pelo menos quarenta autores, a Bíblia tem um tema central – a salvação mediante a fé em Cristo.

Começando por Moisés no ermo deserto da Arábia e terminando com João na desabilitada ilha de Patmos, a Bíblia é amarrada por um fio muito forte: a paixão de Deus por seus filhos e o plano dele para salvá-los.

Que verdade relevante! Entender a finalidade da Bíblia é como apontar a bússola para a direção certa. Regule-a corretamente e tenha uma jornada segura. Mas, se deixar de regulá-la, ninguém sabe onde você irá parar.

 Max Lucado

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O pecado da reciprocidade


 
 
“Sejam perfeitos” (Mt 5.48). Ser perfeito, aqui, não é no sentido costumeiro de ser “correto” – isso os códigos humanos já nos ensinavam. Jesus coloca o nosso Pai do céu como sendo o padrão, portanto ser perfeito significa “deixar de agir segundo nosso olhar e passar a agir com o coração do Pai”, enfatiza também a integridade, a verdade transparente desde o coração. Derramar chuva sobre bons e maus ou sol sobre justos e injustos dá a ideia de ser perfeito no sentido de “uma ação que prega um universo em harmonia”, como era no início. Lucas registra na mesma passagem o termo que foi traduzido por “ser misericordioso” ou “generoso”, que tem na raiz a ideia de gerar vida. A ação do Pai gera vida, sem discriminar ninguém!
Qual o segredo?
Nos evangelhos há um convite constante para sairmos da ordem da realidade externa – a das coisas e da aparência – para uma realidade interna, que nos faz sentir a vida com o coração de Deus (“Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único filho”, Jo 3.16). Por isso, no sermão do monte somos convidados a não mais nos comportarmos com as categorias visíveis, aquelas que separam família de não família, amigos de inimigos, pessoas que nos fazem favores de pessoas que não nos favorecem. Ou seja, o evangelho não é um código de boas maneiras ou etiquetas que aprendemos na família humana, mas algo bem diferente, que modifica esse aprendizado.

O pecado da reciprocidade
Jesus condena algo bem humano: a reciprocidade, o tratar o outro como ele me trata – isso parece tão inocente e tão correto! Só que a reciprocidade faz a gente basear nossas relações sobre nós mesmos: a quem faz bem, eu faço bem. Ela omite “nada menos que a relação interna do homem de Deus”, como diz Michel Henry.

A relação com Deus tem como cerne a não reciprocidade: “amem os seus inimigos... e serão filhos do Deus Altíssimo. Façam isso porque ele é bom também com os ingratos e maus” (Lc. 6.35-36) A essência de Deus é a não reciprocidade, a generosidade. Portanto, ela será uma marca daqueles que reconhecem sua condição humana fundada na relação com ele.
Reconhecer que minha vida vem de Deus é sair da reciprocidade
“Façam o bem... Emprestem e não esperem receber de volta... e serão filhos do Deus Altíssimo”; “orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu” (Lc. 6.35; Mt 5.44).

Jesus nos convida a sair da dimensão da visibilidade, que fazia essas separações, para sentir os outros com o coração do Pai, que não faz esse tipo de categorização: Nosso eu já não deve se definir por essas coisas – família, status, mebresia de igreja, etc... – mas simplesmente pela relação com Deus como nosso Pai.
“Para que vocês se tornem filhos do Pai... ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mau” = obras do Espírito com todos: já não depende de quem a pessoa é, mas depende do pai de quem sou filho e filha! Esse relacionamento com o Pai – e o desejo de tornar-se parecido com Ele – faz mudar!

Mas como colocar isso em prática?
Apenas tendo Jesus Cristo como exemplo, bem como a biografia de cristãos e cristãs (os mártires de todos os tempos, por exemplo)? Não.

Ao olharmos para nós mesmos, percebemos que nossa vida nos é nada na não reciprocidade – Deus nos trata assim. Portanto, é para Deus como nosso Pai que devemos olhar: ele não retribui com mal o mal que lhe fizemos; Ele nos dá quando pedimos; Ele nos dá sol e chuva, mesmo quando somos maus. A nossa vida depende da não reciprocidade de Deus!

Somos filhos de Deus porque Ele nos criou, gerou e perdoou.

 

Comentário Bíblico – Bíblia de Estudo Conselheira
Referente Sermão do Monte.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O caminho de Jesus: O mais excelente.

 
 
 
por Ariovaldo Ramos
1- Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.
Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito; será este, porventura, o Cristo? Mulher de Samaria (Jo 4.28,29)
Jesus poderia lançar mão do dom de falar qualquer língua, mas preferiu falar a língua do coração do necessitado!
 2- Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Jesus de Nazaré (Jo 10.11)
Jesus que poderia ter escolhido tudo saber para atrair os seres humanos, preferiu demonstrar todo amor pela entrega de sua vida!
3- E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. Jesus de Nazaré (Jo 13.35)
Jesus poderia ter distribuído todas as suas benesses para demonstrar a sua grandiosidade aos seres humanos, mas, preferiu nos transferir a sua vida, para que os seres humanos  fossem grandes em amor como ele.
 4- O amor é paciente,
Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, fortaleces teus irmãos. Respondeu-lhe Pedro: Senhor, estou pronto a ir contigo tanto para a prisão como para a morte. Tornou-lhe Jesus: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes tenhas negado que me conheces. Lc 22.31-34
Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queres. Ora, isto ele disse, significando com que morte havia Pedro de glorificar a Deus. Jo 21.15-19a
Jesus poderia ter desistido de Pedro, mas, orou por ele, para que não desfalecesse, acreditou em sua declaração de amor, apesar do evento recente, e informou-lhe que, graciosamente, lhe daria a coragem que ele julgara ter, quando disse que, um dia, Pedro estaria pronto a partilhar da prisão e da morte com Jesus, a coragem de morrer por Cristo.
 4- O amor é benigno;
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste! Jesus de Nazaré Mt 23.37
Jesus, por amor, buscou sempre, sem nunca desistir, o bem de todos, mesmo dos que o desprezaram.
5- O amor não arde em ciúmes,
Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que em teu nome expulsava demônios, e nós lho proibimos, porque não nos seguia. Jesus, porém, respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim; pois quem não é contra nós, é por nós. Mc 9.38-40
O arder em ciúmes aprisiona o ser pretensamente amado. Jesus, nosso libertador, não sonegou o uso de seu poderoso nome a quem não andava com ele, mesmo no tempo em que tudo estava centralizado em sua presença em carne.
6- O amor não se ufana,
Prosseguiu, pois, Jesus: Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então conhecereis que eu sou, e que nada faço de mim mesmo; mas como o Pai me ensinou, assim falo. Jo 8.28
Aquele por meio de quem tudo foi criado, simplesmente, obedeceu até à morte.
 7-não se ensoberbece,
Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um que é Deus. Mc 10.18
Aquele, que é digno de toda a adoração, não permitiu que a glória do Pai fosse dividida pela ignorância do moço a respeito do relacionamento entre Jesus e o Pai.
8- O amor não se conduz inconvenientemente,
Veio uma mulher de Samária tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe então a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva. Jo 4.7-10
Tão logo a mulher pareceu sugerir a Jesus a possibilidade de alguma intenção não revelada, e de ordem moral, Jesus conduziu a conversa para Deus e o seu propósito, não permitindo a sugestão de que qualquer conotação maliciosa. Ele estava ali por amor!
 9- não procura os seus interesses,
O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.  Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Jesus de Nazaré Jo 15.12,13
De fato, Cristo é a personificação do mais profundo significado do amor: Ele entregou a sua vida em favor de outro. De todos nós outros!
10- não se exaspera,
Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente. 1Pe 2.21-23
Aquele que há de julgar os vivos e os mortos, soube viver com domínio próprio por amor ao Pai e àqueles a que o Pai ama.
11- não se ressente do mal;
Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes. Lc 23.33,34
12- não se alegra com a injustiça,
Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. Declarou-lhe Jesus: Eu tenho falado francamente ao mundo ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei; bem sabem eles o que eu disse. Dizendo ele isto, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que falas ao sumo sacerdote? Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, por que me feres? Jo 18.19-23
Mesmo em estado de subjugação, Jesus reagiu à injustiça e ao abuso de poder, dando-nos exemplo de um amor que se importa com a garantia do direito.
13- mas regozija-se com a verdade;
Ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade. Jo 4.17,18
 
Jesus sempre salientou o valor da verdade, mesmo a verdade que lhe causasse dor. Principalmente, a dor da ausência da adoração, como no caso em questão.
14- tudo sofre,
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Is 53.4-11
15- tudo crê,
Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. Hb 12.1-3
Jesus foi o maior de todos os heróis da fé.
16- tudo espera,
Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu. Hb 5.7,8
Obediência é prática de quem espera confiantemente no Senhor. É o caminho do amor ao Pai, acima de tudo.
17- tudo suporta. 1Co 13.1-7
Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. Mt 26.39-42
Eis o exemplo de Jesus: respeitadas as nossas limitações, o Espírito Santo nos capacita a andar nesse caminho. É por essa ação do Espírito que Cristo nos exortou a orar, em Lc 11.9-13.
©ariovaldoramos

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A pecadora na casa de Simão






Lucas simplesmente se refere a essa mulher anônima como uma “pecadora”, talvez uma prostituta que caminhava pelas ruas de Naim, no sudoeste da Galiléia. Os virtuosos fariseus desprezavam essa mulher de má fama. Nenhuma mulher decente entraria em uma reunião desse tipo, na casa de um proeminente fariseu, sem ser convidada.
As ações da mulher em relação a Jesus pareceram ainda mais grosseiras. Chegando perto do Senhor, ajoelhou-se aos seus pés e começou a chorar. Suas lágrimas mornas caíram uma a uma nos pés do Mestre. Então, ela soltou os cabelos, um ato público considerado vergonhoso para uma mulher de seus dias. Com suas longas madeixas, limpou a poeira dos pés de Jesus, lavando-os e beijando-os. Em volta de seu pescoço pendia um vaso de alabastro contendo unguento, que certamente consumira todos os seus recursos pessoais. Ela rompeu o vaso e despejou o caro óleo aromático sobre os pés que acabaram de ser limpos. Esse foi um ato de adoração.

Simão, o anfitrião, censurou Jesus e questionou a integridade do “profeta” por permitir que uma mulher com tal reputação o tocasse e o desonrasse. Os fariseus olhavam apenas para as ações exteriores da mulher, mas Jesus olhou para o seu coração – solitário – triste e penitente – um coração amoroso que o honrou como Senhor e buscou o perdão para uma vida arruinada e pecaminosa.
Para grande surpresa dos homens que estavam no local, Jesus defende a mulher. Ele os lembrou de que essa mulher demonstrara a cortesia habitual dedicada a um convidado. Simão havia negligenciado a lavagem dos pés de Jesus, o beijo de boas-vindas ou a unção da cabeça com óleo, gestos apropriados de hospitalidade. A mulher, humilde e graciosamente, ofereceu a Jesus tudo isso. O grande mestre usou essa ocasião para ensinar sobre o amor, perdão e fé.

A mulher anônima, que chegou em desonra, deixou a casa de Simão em paz. Jesus perdoou publicamente seus pecados, e ela seguiu seu caminho com um coração purificado e uma nova vida em Cristo.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Paz, um relacionamento correto.






Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a paz e descrita como resultado de termos uma relação correta com Deus e com os outros. A palavra grega eirene tem um sentido semelhante à palavra hebraica shalom.

A paz espiritual descreve um sentimento de bem-estar e satisfação que vem de Deus e depende unicamente de sua presença. Ela é experimentada por qualquer cristão que anda no Espírito a despeito do tumulto que o cerca. A verdadeira "paz de Deus" protege os corações e as mentes dos crentes de preocupação, medo e ansiedade. Ela transcede toda a lógica e entendimento. O Deus de paz que oferece a salvação, também promete sua presença e poder nas vidas de seus filhos e filhas. Sua presença cria em nós confiança, apesar das circunstâncias, pessoas e coisas.

Embora seja impossível de compreender totalmente a verdadeira paz é fruto do Espírito Santo e faz parte da "armadura de Deus". De acordo com o apóstolo Paulo, nossa compreensão e experiência do evangelho produzem a paz que nos permite caminhar corajosamente enfrentando a batalha espiritual e sobreviver a todas as formas de dificuldades e perigos. Aquele que crê recebe paz de Deus como uma virtude do viver santo e uma proteção contra as forças do mal. Onde a paz de Deus está presente, não há lugar para a preocupação.

Bíblia da Mulher - Estudo